Manifestação Patológica em Revestimentos Cerâmico

Durante uma inspeção, realizada no revestimento cerâmico no box do banheiro em um apartamento, identificamos as manifestações patológicas de descolamento e desplacamento de revestimento. Em alguns casos, o revestimento poderia ser removido simplesmente com a mão.

Após examinar algumas peças retiradas, podemos identificar que não havia argamassa aderida no tardoz (face da placa cerâmica que fica em contato com a argamassa de assentamento). Analisamos também que as placas cerâmicas objeto de estudo possuíam menos que 900cm² e que de acordo com a ABNT NBR 13754:1996 para Revestimento De Paredes Internas Com Placas Cerâmicas, revestimentos cerâmicos nestas dimensões não é necessário espalhar e pentear a argamassa colante também no tardoz das placas.

Analisando a total ausência de argamassa colante no tardoz da cerâmica, é possível identificar a falta de aderência da argamassa na placa que remete ao fato que o assentamento aconteceu fora do tempo de aberto da argamassa colante impedindo a correta aderência na placa, e que no momento do assentamento, não impede a aderência inicial, mas prejudica a aderência futura.

Identificamos que os cordões de argamassa colante estavam íntegros, demostrando que não foi executado o aperto das peças na base no momento da execução de assentamento. Durante a aplicação de argamassa colante nas placas cerâmicas, os cordões de argamassa devem ser completamente desfeitos, formando uma camada uniforme, configurando-se impregnação total do tardoz pela argamassa colante.

Podemos concluir que, a origem das manifestações patológicas de descolamento e desplacamento é executiva. A correção indicada para este caso é a remoção das placas descoladas e da argamassa colante aplicada anteriormente e a aplicação de novo revestimento de acordo com as recomendações da ABNT NBR 13754:1996 e NBR 13755:2017 Revestimentos Cerâmicos de Fachadas e Paredes Externas Com Utilização de Argamassa Colante - Projeto, Execução, Inspeção e aceitação - Procedimento.